Mesmo após a Petrobras anunciar uma nova redução de 4,9% no preço da gasolina tipo A para as distribuidoras, o valor do combustível permanece sem queda nos postos do Recife. O reajuste passou a valer na última terça-feira, 21 de outubro, mas até agora não se refletiu nas bombas da capital pernambucana.
Com a nova medida, o preço médio da gasolina nas refinarias caiu de R$ 2,85 para R$ 2,71 por litro, uma diferença de R$ 0,14. A expectativa era de que os consumidores sentissem algum alívio no bolso nos dias seguintes, mas o que se vê na prática é que o litro da gasolina ainda gira em torno de R$ 6,50 a R$ 6,60 nos principais postos da cidade.
Essa foi a segunda redução promovida pela Petrobras em 2025. A primeira ocorreu em junho, quando a gasolina teve queda de 5,6% no preço para as distribuidoras. Somando as duas reduções, o acumulado do ano chega a R$ 0,31 por litro, o que representa uma diminuição de 10,3% no valor médio praticado pela estatal.
De acordo com a empresa, os cortes seguem a política de preços que considera os custos de produção e as condições do mercado internacional. A Petrobras também destacou que, desde dezembro de 2022, o valor da gasolina nas refinarias ficou 22,4% mais barato, quando ajustado pela inflação do período.
Apesar da redução anunciada, o preço final ao consumidor depende de vários outros fatores que vão além da política de preços da estatal. Entre eles estão custos de transporte, impostos estaduais e federais, mistura obrigatória de etanol e a margem de lucro dos postos. Esses elementos fazem com que as variações nas refinarias nem sempre cheguem de forma imediata, ou integral ao bolso dos motoristas.
Em Recife, a diferença entre o valor da gasolina nas distribuidoras e o preço praticado nos postos tem chamado a atenção dos consumidores. Mesmo com a sequência de reduções em 2025, o combustível ainda figura entre os mais caros do Nordeste, mantendo-se acima da média nacional.
A Petrobras reforçou que as reduções buscam equilibrar o mercado e conter os impactos da inflação, já que os combustíveis têm peso relevante no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da variação de preços no país. Uma queda contínua no valor da gasolina poderia contribuir para aliviar a inflação, especialmente no transporte e em produtos que dependem da logística rodoviária.