Corrida ao Senado e os bastidores políticos em Pernambuco


Faltando mais de um ano para as eleições de 2026, o cenário político de Pernambuco já é marcado por intensas articulações em torno das duas vagas ao Senado. A pré-campanha, embora ainda informal, movimenta figuras com forte capital eleitoral e projeção nacional, enquanto os principais grupos políticos do estado iniciam a montagem de seus palanques.

Os atuais senadores Humberto Costa (PT) e Fernando Dueire (MDB) estão no jogo e buscam viabilizar a reeleição. Ambos têm adotado uma postura institucional, focando em agendas parlamentares e na aproximação com prefeitos e lideranças regionais.

A presença discreta nas redes sociais contrasta com o trabalho de bastidor para garantir espaço em uma das duas chapas majoritárias que devem ser lideradas por Raquel Lyra (PSD), que tentará a reeleição, e João Campos (PSB), provável adversário direto. Humberto é o nome natural do PT, enquanto Dueire tenta consolidar o discurso de senador municipalista, voltado às pautas do interior.

Fora do Congresso, nomes como Miguel Coelho (União Brasil)Eduardo da Fonte (PP)Sílvio Costa Filho (Republicanos)Marília Arraes (Solidariedade), Anderson Ferreira e Gilson Machado (ambos do PL) protagonizam uma corrida paralela por visibilidade. Cada qual aposta em uma estratégia distinta: enquanto alguns fazem intensa exposição nas redes e visitas a municípios, outros adotam o caminho da articulação silenciosa, focando em alianças partidárias e apoio de lideranças locais.

O movimento, embora compreensível, carrega o risco de desgaste precoce e judicialização, uma vez que a legislação eleitoral impõe limites claros ao período de campanha. A disputa, ainda incerta, tende a se intensificar à medida que os grupos formalizem suas chapas e definam quem serão os escolhidos para a corrida ao Senado.