A cena do crime, descrita pela Polícia Militar como “chocante”, revelou a crueldade da execução. O corpo de Cícero foi encontrado na sala, caído ao lado de um revólver calibre .38 com seis munições intactas e um celular coberto de sangue, que ainda recebia ligações.
Assustados com os disparos, vizinhos acionaram a polícia, que encontrou a porta da residência entreaberta. Dentro do imóvel, além do corpo, os policiais localizaram a esposa da vítima e a criança escondidas debaixo de uma mesa no quarto — ambas em estado de choque.
Durante a perícia, os agentes recolheram drogas — possivelmente crack e cocaína — e dinheiro em espécie, confirmando que o local vinha sendo utilizado como ponto de consumo e, possivelmente, de tráfico. A mulher relatou que o companheiro havia chegado instantes antes do crime com três homens desconhecidos, que passaram a usar drogas dentro da casa. Em dado momento, ela ouviu uma conversa reveladora: alguém deveria morrer, por ordem de um suposto chefe do tráfico, preso, que cobrava uma dívida de mais de R$ 4 mil.
O Instituto de Criminalística confirmou que os tiros foram concentrados na cabeça da vítima. Além do revólver, uma arma branca foi encontrada presa à cintura de Cícero.
Todo o material ilícito foi recolhido para perícia, enquanto o dinheiro e o celular ensanguentado da vítima foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Serra Talhada, juntamente com a esposa, que prestou depoimento.
A polícia agora investiga quem são os três homens que estavam na casa e tenta confirmar a relação da execução com o tráfico de drogas. O crime reacende o alerta sobre a presença e o avanço do narcotráfico em bairros periféricos da cidade, onde a violência invade os lares e destrói famílias inteiras.(Viajuniorcampos)