A princípio, Costa deve permanecer ao menos até julho, quando as eleições internas da sigla estão marcadas.
A escolha estava entre o senador e o atual líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE). Como o deputado permanece na liderança e precisaria renunciar, Costa foi apontado para comandar o partido pela CNB (Construindo um Novo Brasil), corrente majoritária na legenda.
A nomeação de Gleisi para a articulação política antecipou a disputa pelo comando da legenda, que terá eleições internas diretas neste ano.
Ao assumir o mandato-tampão, Costa vai representar o grupo de Gleisi na presidência e deve tentar articular para permanecer na presidência do PT.
A deputada federal defende um nome do Nordeste para o comando da legenda. Há a avaliação que a indicação de Costa fortalece o grupo da futura ministra.
Outro candidato é Edinho Silva (SP), ex-prefeito de Araraquara. Preferido do presidente Lula, Edinho também é da corrente da CNB, o que demonstra um racha interno na legenda.
Recentemente, o PT também aprovou mudanças no estatuto interno, que permitem aos dirigentes permanecerem por mais de três mandatos na executiva nacional.
Com isso, há uma articulação para a permanência da atual Secretaria Nacional de Finanças, Gleide Andrade (MG), aliada de Gleisi, na função.