Ela deu entrada na unidade hospitalar no dia 31 de dezembro, com um quadro de dormência que se irradiou para o tórax, dores e fraqueza.
A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informou que, às 23h da terça-feira (9), o exame realizado pelo Instituto Pasteur, em São Paulo, confirmou a infecção pelo vírus da raiva.
O último caso de raiva humana em Pernambuco, antes desse, ocorreu em 2017.
“A paciente foi atendida no dia 31 dezembro e, no dia 2 de janeiro, teve uma piora significativa, indo para a ventilação mecânica e apresentando um quadro neurológico grave de agitação, além de insuficiência respiratória”, informa a médica do Huoc, Ana Flávia Campos.
“De lá para cá, não precisou de suporte, urina bem, não tem sinais de infecção bacteriana secundária e está seguindo sob sedação profunda. Ela continua sendo monitorada pela equipe médica acerca de possíveis complicações da doença, seguindo com o tratamento e observando caso apareça algum aumento significativo dessas dificuldades”, acrescenta.
A paciente mora em Santa Maria do Cambucá, cidade localizada no Agreste do Estado.
O laudo do exame demonstra que o vírus encontrado é de origem silvestre. Segundo relatos da investigação, nos dias anteriores ao contato da paciente com o animal, ocorreram queimadas na região, o que resultou na fuga do animal da mata e contato com a mulher.
“Há oito anos, não é identificado caso de raiva em humanos no Estado. A vigilância identifica o vírus da raiva em animais silvestres, de mata. Esses animais são diferentes dos domésticos, que devem ser vacinados contra a doença”, destaca o diretor-geral de Vigilância Ambiental de Pernambuco, Eduardo Bezerra.