Léo, ou melhor, Ary Batista Felix – como foi registrado ao nascer, em 22 de julho de 1932 –, estava internado no Hospital Rios D’or, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Segundo a família, ele enfrentava problemas de saúde desde o começo do ano, e foi internado em estado grave no dia 17. A causa da morte não foi divulgada.
Sua estreia no rádio aconteceu nos anos 1940, como setorista do XV de Piracicaba na Rádio Difusora. No início dos anos 1950, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a trabalhar na Rádio Globo. Foi ali que, aos poucos, sua voz se tornou um marco. O nome artístico veio de uma sugestão do chefe, Luiz Mendes, que achava “Ary Batista” pouco sonoro.
Torcedor apaixonado do Botafogo, Léo gostava de contar que a relação com o time começou por acaso. “Estava no Maracanã assistindo a Fluminense e Botafogo. Quando o Botafogo fez um golaço, pulei de alegria e percebi que meu coração já tinha escolhido um time. Foi amor à primeira vista”, disse ele em entrevista ao Conversa com Bial.
Léo deu o salto para a televisão em 1955, na extinta TV Rio, apresentando o Telejornal Pirelli por 13 anos. Em 1970, foi para a TV Globo, onde participou da cobertura do tri do Brasil na Copa do Mundo.
Seu jeito carismático e a linguagem simples conquistaram o público. Ele foi uma das primeiras vozes do Globo Esporte e marcou presença por anos no bloco esportivo do Jornal Nacional.
A última aparição pública de Léo aconteceu em outubro de 2024, no velório do amigo e colega Cid Moreira, no Palácio Guanabara. Visivelmente emocionado, ele preferiu não falar com a imprensa, mas ficou até o fim da cerimônia.