Os policiais militares chegaram ao local após receberem uma denúncia e encontraram uma pedra grande com manchas de sangue, que pode ter sido usada no homicídio. A vítima teria sido assassinada após uma discussão com um dos suspeitos sobre um teste de HIV, segundo depoimentos colhidos durante a investigação.
A polícia seguiu pistas que os levaram até a residência de F.A, de 39 anos, onde foram encontradas roupas com manchas de sangue e um par de tênis sujo de barro. F.A foi presa em flagrante no local. J.S, de 27 anos, também estava na mesma casa e foi detido. Ele, que era foragido da Justiça por não ter retornado de uma saída temporária, confessou ser o autor do crime.
Em depoimento, J.S afirmou que agiu sozinho, alegando que matou a vítima após ela dizer que o havia infectado com HIV. Além disso, o suspeito relatou que a mulher se recusou a fazer um teste para provar que não tinha o vírus, o que teria motivado a agressão fatal. Inicialmente, J.S disse que pretendia apenas agredi-la, mas a situação saiu de controle e ele a matou.
Apesar da confissão de J.S, a mulher detida, F.A, afirmou que um terceiro indivíduo, identificado apenas como J.A, também esteve envolvido no crime e teria ajudado a planejar a ação. Segundo ela, J.A teve participação ativa no ocorrido. No entanto, ao ser preso, J.A negou qualquer envolvimento direto, declarando que apenas deu carona aos demais suspeitos até o local do crime.
A delegada Juliana Bredariol, da Delegacia de Defesa da Mulher de Lins, que está à frente das investigações, informou que cinco testemunhas foram ouvidas até o momento. Com base nas evidências reunidas, ela solicitou a conversão das prisões em flagrante para preventivas, o que foi acatado pela Justiça. Os três suspeitos permanecerão detidos enquanto o inquérito policial prossegue.
O caso foi registrado como feminicídio e captura de procurado na Central de Polícia Judiciária de Lins, e a investigação continua para determinar o grau de envolvimento de cada um dos suspeitos.