Vice tentou validar senha em aparelho, mas sua impressão digital não foi reconhecida. Foi preciso que uma servidora liberasse a entrada para que Priscila pudesse buscar itens dentro de sua sala. Ao entrar, ela verificou ainda que uma chave da sala não estava no local onde era sempre guardada.
Priscila afirma ainda que o prefeito exonerou membros de sua assessoria. Segundo ela, Cunha também solicitou instrumentos de trabalho usados por ela em sua atividade, como computador e celular. Ela acionou a Justiça para tentar entender o que aconteceu.
Legislação não permite que prefeito demita vice. Assim como os titulares das prefeituras, os vice-prefeitos são eleitos e só podem ser afastados por processo de impeachment e outros instrumentos legais — nenhum deles baseado apenas na iniciativa do prefeito.
“Continuo como vice-prefeita da cidade, tenho mandato”, disse Priscila Yamagami, vice-prefeita de Mogi das Cruzes, em vídeo divulgado na terça (16).
“Priscila nunca foi barrada de acessar sua sala e nunca será”, diz prefeito. Em vídeo enviado à imprensa após a publicação da reportagem, Cunha explicou que há duas formas de se acessar o gabinete do prefeito, onde o gabinete da vice fica localizado. A primeira é por pessoas de confiança, que tem acesso livre ao local. A segunda, válida para qualquer pessoa, prevê que a pessoa seja anunciada pelas recepcionistas e recebida por uma assessora, como, segundo ele, aconteceu com Priscila.
Nova sala será oferecida a vice-prefeita fora do ambiente do gabinete do prefeito. Segundo ele, o formato era usado em outras gestões e será retomado após a situação.