Em nível nacional, segundo o balanço realizado e divulgado na última quinta-feira, os números revelam que 233 mil lares de lares pernambucanos, correspondendo a 37,5% do total, enfrentam dificuldades de acesso aos insumos necessários para garantir as refeições diárias, configurando na sétima colocação.
Os dados, provenientes da PNAD Contínua em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, mostram também que, no final de 2023, Pernambuco possuía um total estimado de 3.596 milhões de domicílios particulares permanentes.
Deste montante, 62,5% estavam em situação de Segurança Alimentar, enquanto os 37,5% restantes enfrentavam algum grau de insegurança alimentar.
No mesmo período, a proporção de domicílios em “insegurança alimentar leve” foi de 23,5%, enquanto 7,45% estavam em situação moderada e 6,5% enfrentavam insegurança alimentar grave.
Esta é a quinta vez que o Instituto conduz a pesquisa sobre insegurança alimentar utilizando a mesma metodologia. No entanto, pela primeira vez, ela foi incorporada à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD).
Essa inclusão na PNAD proporciona uma visão mais abrangente e aprofundada da situação da segurança alimentar no país, permitindo uma análise mais detalhada das condições socioeconômicas e demográficas associadas à insegurança alimentar.
Em 2023, dos mais de 78 milhões de domicílios mapeados pelo IBGE, 72,4% estavam em situação de segurança alimentar, enquanto 27,6% apresentavam algum grau de insegurança. A insegurança alimentar grave foi observada em 4,1% do total de lares, uma porcentagem menor em comparação com cinco anos atrás, mas ainda superior à registrada no estudo de 2013.
Regiões Nordeste e Norte são as mais afetadas
No último trimestre de 2023, cerca de um quarto dos lares nas regiões Norte e Nordeste do Brasil enfrentavam situações de insegurança alimentar leve. Nessas circunstâncias, os residentes vivem com a preocupação ou incerteza sobre o acesso aos alimentos, o que muitas vezes leva à adoção de estratégias que comprometem a qualidade da alimentação e a sustentabilidade nutricional da família.
As taxas de insegurança alimentar grave nessas regiões foram superiores às observadas no restante do país durante o mesmo período.
Índices das regiões, segundo pesquisa:
Norte: 7,7% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave;
Nordeste: 6,2% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave;
Centro-Oeste: 3,6% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave;
Sudeste: 2,9% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave;
Sul: 2% dos domicílios possuíam insegurança alimentar grave.