Beckenbauer já tinha 34 anos e era um jogador consagrado, tendo conquistado a Eurocopa de 1972 e a Copa do Mundo de 1974, quando os alemães venceram o “Carrossel Holandês”, comandado pelo craque Johan Cruyff na grande decisão. Além dele, o Cosmos contava com outros craques internacionais, como o goleador italiano Giorgio Chinaglia e o brasileiro Marinho Chagas, que havia passado pelo Timbu sete anos antes.
A bola rolou no dia 7 de março de 1979, no Queen Stadium. A equipe norte-americana chegara com pompa de favorita, por ser uma verdadeira constelação de estrelas, enquanto os alvirrubros tinham os desconhecidos Didi Duarte e Campos, de 28 e 26 anos, respectivamente.
Mas o grande herói daquele dia foi o goleiro Ademar, que pegou tudo que veio à sua meta – uma delas numa defesa antológica após cabeceio de Chinaglia – e obrigou o público a deixar o estádio sem um ver golzinho sequer. Após o apito final, Chinaglia e Beckenbauer foram ao vestiário pernambucano cumprimentar o arqueiro. Já os alvirrubros aproveitaram o ensejo para tietar o Kaiser, como era conhecido o craque alemão.
Na mesma excursão, o Náutico derrotou a seleção do país caribenho de Barbados, por 3 x 1, além de fazer um jogo amistoso contra o Malmö, da Suécia, perdendo pelo placar mínimo.
A crônica dessa partida entre Cosmos e Náutico foi registrada pelo jornalista pernambucano Lenivaldo Aragão, para a Revista Placar, e reproduzida por Cássio Zirpoli, que na época integrava o Diário de Pernambuco.