Um estudo elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) identificou que apenas 40 cidades de Pernambuco (21,6%) possuem plano municipal de saneamento básico. O documento é uma exigência legal para ter acesso a recursos federais para investimento na área.
O plano municipal de saneamento apresenta informações detalhadas sobre as ações que devem ser desenvolvidas para a universalização do saneamento básico nos municípios. Ele inclui os mecanismos para acompanhamento, monitoramento e avaliação das ações programadas, assim como para a revisão periódica que deve acontecer a cada 10 anos.
O levantamento está disponível no “Painel de Saneamento”, elaborado pelo TCE. O tribunal compilou os dados fornecidos pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, trazendo um panorama sobre a situação de fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto em Pernambuco.
De acordo com os dados disponíveis no painel, quase metade (46%) da água distribuída em Pernambuco é desperdiçada. Segundo o levantamento, 16% da população pernambucana vive sem abastecimento, enquanto 69% não têm acesso ao serviço de esgoto. Os percentuais correspondem, respectivamente, a 1,5 milhão e 6,6 milhões de pessoas.
De acordo com o levantamento, entre os municípios com os maiores índices de desperdício, estão:
- Salgadinho, no Agreste: 86,56%;
– São José da Coroa Grande, na Zona da Mata Sul: 74,82%;
– Sertânia, no Sertão: 73,73%;
– Cedro, no Sertão: 72,06%;
– Primavera, na Zona da Mata Sul: 72,02%;
– Sirinhaém, na Zona da Mata Sul: 70,5%;
– Vicência, na Zona da Mata Norte: 69,03%;
– Jatobá, no Sertão: 68,51%;
– Joaquim Nabuco, na Zona da Mata Sul: 68,5%;
– Rio Formoso, na Zona da Mata Sul: 68,37%.