O fazendeiro teria proferido as ameaças enquanto comprava bebidas em uma loja na quarta-feira (2). Ao adquirir os produtos, ele teria dito que “daria um tiro na barriga do presidente”. O fazendeiro chegou a perguntar aos demais clientes do estabelecimento se saberiam onde Lula se hospedaria quando fosse ao município.
O inquérito da Polícia Federal foi instaurado depois que uma das testemunhas denunciou as falas, logo após o episódio. A reportagem tenta contato com a defesa do fazendeiro.
Ao ser encontrado, nesta quinta-feira (3), o suspeito afirmou aos policiais que participou dos atos extremistas de 8 de janeiro, em Brasília, e invadiu o Salão Verde da Câmara dos Deputados.
O fazendeiro confessou, ainda, que participou, após o resultado das eleições do ano passado, de manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção, em Santarém (PA), por 60 dias. Ele disse que doou R$ 1.000 à manifestação todos os dias.
Durante a operação que prendeu o fazendeiro, os investigadores encontraram um comprovante de compra e venda de um imóvel na região, no valor de R$ 2,5 milhões. Ele declarou ser fazendeiro e já ter trabalhado como garimpeiro.
De acordo com a PF, ele pode responder pelos crimes de ameaça e incitação a atentado contra pessoa por motivos políticos ou preparo dele.