Este é o primeiro levantamento feito após 1º de março, quando houve o retorno da cobrança dos tributos federais sobre combustíveis.
A desoneração, aprovada pelo governo Bolsonaro às vésperas das eleições para conter a alta de preços e prorrogada por dois meses pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se encerrou no final de fevereiro.
Em nota, o diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Douglas Pina, observa que a última redução anunciada de 3,93% para a gasolina não foi suficiente para frear os acréscimos ocasionados pela reoneração dos combustíveis e os aumentos foram constatados nas bombas de abastecimento de todos os Estados brasileiros e também no Distrito Federal.
Na análise regional, as altas vão de 8,49% no Sudeste, onde a gasolina fechou a R$ 5,65, com a menor média entre as regiões, a 9,85% na Região Norte, onde o combustível foi comercializado a R$ 6,23, maior preço médio nacional.
Na análise por estado, todos e o Distrito Federal registraram aumento de mais de 4% no valor da gasolina. O destaque no período ficou novamente com o Amazonas, onde o combustível aumentou 16,25% e passou de R$ 5,63 para R$ 6,55.
Ainda assim, o preço médio mais elevado foi identificado em Roraima, a R$ 6,63, e o mais baixo, na Paraíba, a R$ 5,40.
Etanol
O preço médio do etanol no país também ficou mais caro para os motoristas brasileiros e fechou o período a média de R$ 4,60, com acréscimo de 3,81% em relação ao mês anterior.
Os aumentos por região chegaram a 5,16%, como é o caso do Norte, onde o combustível fechou a R$ 5,01, maior preço médio entre as regiões.
“Diferentemente de fevereiro, em que apenas o Amazonas e o Mato Grosso tiveram o etanol como combustível mais vantajoso para abastecimento, neste início de março, nos Estados do Acre, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo o etanol também foi considerado mais econômico que a gasolina, reflexo do aumento de mais de 9% no preço médio do combustível”, reforça Pina.
No recorte por Estado, apenas o Acre registrou recuo no preço médio do etanol, de 1,08%, que fechou a R$ 4,39.
Assim como para a gasolina, o aumento mais expressivo para o etanol foi identificado nas bombas de abastecimento do Amazonas (14,96%), que passou de R$ 4,00 para R$ 4,59. Porém, o preço médio mais caro ficou com o Pará (R$ 5,32), e o mais barato, com o Mato Grosso (R$ 3,82).
O IPTL é um índice de preços de combustíveis, levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log, que administra 1 milhão de veículos, com uma média de oito transações por segundo.
Diesel
Já o preço do litro do diesel segue tendência de redução no Brasil, com o tipo comum comercializado em média a R$ 6,33, apresentando recuo de 3,29% na primeira parte de março, de acordo com o IPTL.
O diesel S-10 baixou 3,17% no período de 1 a 13 de março e fechou a R$ 6,43 por litro. A região Sul liderou o ranking dos recuos mais expressivos, que chegaram a 4,06% para o tipo comum e a 4,23% para o S-10.
“Com a desoneração para o diesel, que tende a se manter nos próximos meses, o preço do combustível segue tendência de redução”, disse Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, em nota.
“Este cenário se confirma quando analisamos as variações no preço do litro em todos os Estados e no Distrito Federal. Apenas o Amazonas, que vem registrando aumento para todos os combustíveis, apresentou alta de 1,92% para o diesel comum e de 1,59% para o tipo S-10, de acordo com o IPTL”, disse ele.
Entre os Estados, Sergipe registrou os recuos mais expressivos –de 6,90% para o diesel comum e de 7,66% para o tipo S-10.
Já as médias mais baixas foram identificadas no Paraná, a R$ 5,72 o diesel comum e R$ 5,79 o diesel S-10.
Roraima comercializou o diesel mais caro de todo o país, com o comum a R$ 7,69 e o S-10 a R$ 7,79.
(*) Fonte: CNN