Uma das possibilidades em estudo pelo governo Lula é a formação de parcerias com estados, municípios e entidades do terceiro setor para acolher essas pessoas. Um exemplo de referência nesse setor é o trabalho desenvolvido pelo padre Júlio Lancelotti, com a Pastoral do Povo da Rua, em São Paulo.
A população em situação de rua foi uma das áreas mais afetadas pelas políticas do antigo governo, que esvaziou o setor do Ministério dos Direitos Humanos responsável por essa população. A coordenação era dividida com outros grupos, como refugiados e LGBTQIA+. Agora, a área voltou a ganhar uma diretoria própria, com mais funcionários e estrutura.
O governo federal não sabe quantas pessoas estão em situação de rua no Brasil, já que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ignorou uma decisão da Justiça Federal e excluiu esses brasileiros do último Censo, que ocorre só uma vez a cada dez anos. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima que há 281 mil pessoas sem casa no país, mas não houve uma contagem efetiva.
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania tem mantido contato com universidades e o Ipea para chegar a um número aproximado dessa população, que aumentou significativamente desde 2020, com o início da pandemia. Com o programa Moradia Primeiro, o governo Lula busca enfrentar essa realidade e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.