De acordo com a agremiação socialista, a reunião se tratou de um evento suprapartidário, que contou com a presença do governador Paulo Câmara (PSB), do senador Humberto Costa (PT), e do ex-candidato da frente Popular ao Governo de Pernambuco, Danilo Cabral, que recebeu 18,06% dos votos válidos, ficando em quarto lugar na disputa majoritária.
Em uma fala enérgica de Danilo Cabral, bastante aplaudida pelos presentes, chamou atenção o fato de que, em termos locais, o PSB vai respeitar os caminhos próprios que cada liderança e gestor optar por seguir neste segundo turno, que é disputado entre as candidatas Marília Arraes (SD) e Raquel Lyra (PSDB).
O discurso enfatizado de que é necessário ter unidade neste momento, girou apenas em torno da eleição do ex-presidente Lula. “É uma bandeira só que nos une, para que a gente não saia daqui com nenhum tipo de divisão. As questões locais, cada um e cada uma que está aqui vai seguir a sua razão e o seu coração. A gente sabe o que cada um e cada uma aqui tem de variáveis para tomar a sua decisão”, declarou Cabral.
"Quem está aqui sabe a posição que o nosso conjunto político aqui adota, sabe qual é a posição do governador Paulo Câmara, mas também sabe que temos muitas realidades locais, que levam muitas vezes as pessoas a tomarem caminhos próprios e nós vamos respeitar esse caminho próprio, porque o que está aqui para nos unir nesse momento é fazer Lula presidente da República”, completou.
Na última sexta-feira, o PSB emitiu uma nota afirmando que apoiaria e defenderia a candidatura que fosse apoiada pelo ex-presidente Lula, sem citar nominalmente a candidata a governadora pelo Solidariedade, Marília Arraes. O comunicado saiu em meio a oficialização do apoio do PT-PE, sob o aval de Lula, ao palanque da parlamentar.
Nos bastidores do encontro, a leitura que se fez é de que uma parte significativa dos prefeitos e de outras lideranças deverão apoiar mesmo a ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, indo contra a sinalização do comunicado do PSB, assinado pelo presidente estadual do PSB, Sileno Guedes.
O discurso de Danilo foi visto como a prova de que o partido não possui o menor interesse em conter dissidentes desde que a unidade gire em torno da eleição de Lula para a presidência da República.
Do JC Online