Blog de Renata Gondim
Faltando sete dias para as eleições, a disputa pela única vaga ao Senado pode surpreender. Apesar de a candidata da Frente Popular, Teresa Leitão (PT), hoje liderar as pesquisas de intenção de voto com 25%, o candidato da Coligação Pernambuco na Veia, André de Paula (PSD), com 11% dos votos, ainda é uma ameaça e pode reverter este cenário nos próximos dias.
Como já aconteceu em disputadas passadas, o voto para senador é decidido no últimos momentos da campanha e, na maioria das vezes, o governador eleito consegue eleger também o seu nome ao Senado. Essa é a maior aposta de André, e a candidata ao Governo do Estado, Marília Arraes (Solidariedade), que lidera as intenções de voto com mais de 34%, vem intensificando seus apelos para garantir o voto casado governador/senador.
Para isso, Marília entrou com tudo na briga contra Teresa Leitão, sua aliada na disputa municipal de 2020, e que acabou escalada pela Frente Popular para bater nos adversários sem dó. “André de Paula vai ser um senador muito melhor do que ela”, enfatizou Marília durante entrevista à Rádio CBN Recife, na última sexta-feira.
Nos bastidores, existe a tese de que Teresa já atingiu o teto da campanha, de 25%, marca alcançada por outras candidaturas petistas ao Senado ao longo da história. Contra Teresa pesa ainda o fato de que a campanha dela está isolada, já que não pode contar com o seu candidato ao Governo, Danilo Cabral (PSB), que vem amargando uma alta rejeição, para conquistar novos votos.
“O voto de Teresa é puxado pelo apoio do ex-presidente Lula e da ala petista mais conservadora. Tem limite. Já André consegue alcançar novos segmentos do eleitorado, como a ala mais jovem atrelada à Marília Arraes. Sem falar que André tem anos de experiência no Congresso Nacional e apresenta um perfil mais preparado para enfrentar a política de articulação que o Senado exige. Isso também pesa”, avaliou uma fonte governista, revelando também que, apesar de dissidente da Frente Popular, André de Paula ainda conta com o apoio de integrantes das bases pelo seu histórico político e diplomático.