Na peça, o candidato faz trocadilhos com conotação sexual.
“Como o Lucas, como o seu João, como o José, como o Ricardo, também como a Flávia, como a Maria, como a Joice, enfim, eu, como todos os brasileiros e brasileiras, estou de saco cheio de tantas sacanagens da política. Por isso, como você, resolvi inovar para meter o pau nessa bagunça. Pode apostar que eu vou entrar é com tudo”, diz ele no material, no qual ele também faz movimentos com insinuações sexuais.
A Procuradoria Regional Eleitoral acionou o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) e solicitou a exclusão do vídeo, com o argumento de que ele contém gesticulação vulgar, ofensiva, grosseira, nojenta e repugnante, com conotação sexual, preconceituosa e discriminatória, fere a imagem de homens e mulheres e extrapola os limites da liberdade de expressão.
Em sua decisão, em caráter liminar, a juíza Maria Claudia Bedotti diz que o vídeo não veicula qualquer conteúdo programático e pode criar indignação na opinião pública, “seja pelo emprego do verbo comer no sentido sexual, chulo e grosseiro, seja pelo uso de outros termos vulgares, que ferem a moral e os bons costumes, o que não pode ser permitido pela Justiça Eleitoral.”
A magistrada acrescenta, ainda, que a propaganda eleitoral é uma maneira de divulgar os problemas e as propostas para solucioná-los. “Serve para apresentar os candidatos, demonstrar seu histórico na luta por uma ideologia, e não para ser apelativa e causar repúdio”, afirma.
O candidato disse à Folha de S. Paulo que cumprirá a determinação. “Mas lamento ter minha voz e atitudes censuradas. Meu vídeo jamais teve a intenção de ofender ninguém”, afirma.