A quebra do tabu do preconceito homofóbico em Serra Talhada


A quebra do tabu, no dia dos namorados. A casa de shows e eventos de Serra Talhada, a Arena Pub, publicou um vídeo nas redes sociais retratando de que toda forma de amor é bem vinda no espaço. Na legenda da postagem no Instagram, a Arena reforçou: “Consideramos justa toda forma de amor.”

No vídeo aparece casais de dois homens, duas mulheres sentados em uma mesa com drinks, de limão, morango. O vermelho das taças luminosas, trás um registro de um amor.

A sociedade precisa presenciar esses atos com maiores frequências, e assim irá quebrando o tabu que existe em pleno século XXII.

As demonstrações de sentimentos amorosos, são válidos de todas as maneiras possíveis, já que é algo tão julgado com preconceitos, palavras de baixo nível. Simplesmente pelo fato de escolher ser homossexual, transexual, pansexual, são motivos de chacotas e humilhações.


A Coluna Repórter Ligeirinho, conversou com Éliton Oliveira, uma das lideranças do PSOL Serra Talhada e expressou a forma de amar.


“Toda forma de amor é amor, todo carinho é aceitável, todo abraço é bom e todo sorriso é lindo…“, iniciou.

Para Eliton: “Não importa se você é uma menina ou menino, se é mulher, mas se sente melhor dentro do mundo masculino, ou quem sabe um rapaz, que vive no mundo feminino“, frisou.


“Isso Faz parte do sentimento de cada um, algo que não me sinto capacitado para discordar, pois se trata de um plano maior, algo que não conseguirei nem tentando te explicar, por isso digo que é válida toda a forma de amar, porque o amor de verdade vai além de nossa compreensão, além da nossa aceitação, ele está em nossa mente, está em nosso coração“, comentou que o sentimento ele pode existir de diversas maneiras.

Se há sentimento verdadeiro, algo que brota a emoção, tenho certeza que não existe maldade e muito menos má intenção, o amor é algo que por si só, nem precisa de explicação, ele não tem gênero e nem escolha, ele é só amor“, finalizou ressaltando que não há indiferença de cor ou raça para se amar.


Milhares de pessoas são vítimas de preconceito na Capital do Xaxado, em filas de agências bancárias, lotéricas ou até mesmo dentro de empresas privadas que segue uma política com baixo nível de conhecimento social.

Desde em que o presidente Jair Bolsonaro (PL), assumiu a presidência da república os números de violência aumentaram contra a sociedade LGBTQIA+, como vejamos abaixo. Isso pelo fato do presidente ser preconceituoso, não aceita que há existência de homossexuais no país, nem muito menos respeita uma decisão e o livre árbitro de cada cidadão terem suas escolhas.


NÚMEROS EXPRESSIVOS DE VIOLÊNCIA

De acordo com o 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, relatório divulgado pelo Fbsp (Fórum Brasileiro de Segurança Pública), Os dados do levantamento mostram um aumento de 24,7% nos homicídios contra LGBT no período de 2020 quando comparado a 2019. Foram registrados 121 casos no total. A taxa das agressões contra esse grupo aumentou em 20,9%, totalizando 1.169 casos.

Vale ressaltar que, a homofobia é criminalizada no Brasil. A determinação está atrelada à Lei de Racismo (7716/89), que hoje prevê crimes de discriminação ou preconceito por “raça, cor, etnia, religião e procedência nacional”. A prática da lei contempla atos de “discriminação por orientação sexual e identidade de gênero”. Por isso, ainda que usado o termo de homofobia para definir essa lei, todas as outras pessoas LGBTQIA+ são contempladas. 


Cerca de 92,5% dessas pessoas relataram o aumento da violência contra a população LGBTQIA+, segundo pesquisa da organização de mídia Gênero e Número, com o apoio da Fundação Ford.

Ainda segundo a pesquisa, esses dados estão atrelados à última eleição presidencial do Brasil, em 2018. De lá pra cá, 51% das pessoas LGBTQIA+ relataram ter sofrido algum tipo de violência motivada pela sua orientação sexual ou identidade de gênero. Destas, 94% sofreram violência verbal. Em 13% das ocorrências as pessoas sofreram também violência física. 


A pesquisa revela ainda que, em comparação com os Estados Unidos, por exemplo, as trans brasileiras correm um risco 12 vezes maior de sofrer morte violenta do que as estadunidenses. Esse é apenas um dos levantamentos que apontam o Brasil como o país que mais mata pessoas trans.

Vianaynneto 



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