Desastre já é considerado o maior em número de óbitos da história de Pernambuco


O maior desastre natural em número de mortos em consequência das chuvas intensas, falta de infraestrutura e de controle urbano foi o que levou Pernambuco a registrar, nesta semana, em toda a sua história. Com 106 vítimas confirmadas e ainda 10 desaparecidos, até a tarde desta terça-feira (31) – a maioria soterrada por deslizamentos de terra, o Estado ultrapassou o número de 104 pessoas que morreram nas cheias de 1975, quando a cidade ficou submersa.

O número foi atualizado às 15h45 desta terça, a partir da localização de corpos de mais seis vítimas por volta das 14h pelo Corpo de Bombeiros de Pernambuco. Três pessoas foram encontradas na Vila dos Milagres e outras três em Jardim Monteverde – nessa localidade, os trabalhos de buscas se encerram, uma vez que todos os desaparecidos foram encontrados. Ainda há 10 pessoas desaparecidas no Estado.

A Defesa Civil do Estado (Codecipe) também contabilizou, até a manhã de hoje, 6.198 pessoas desabrigadas pelas chuvas.

Ao todo, 24 municípios decretaram situação de emergência. Estas são Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, São José da Coroa Grande, Moreno, Nazaré da Mata, Macaparana, Cabo de Santo Agostinho, São Vicente Ferrer, Paudalho, Paulista, Goiana, Timbaúba, Camaragibe, São Lourenço da Mata, Abreu e Lima, Araçoiaba, Igarassu, Aliança, Glória do Goitá, Vicência, Bom Jardim, Limoeiro e Passira.

Enquanto isso, a Agência Pernambucana de águas e Clima (Apac) prevê a continuidade de chuvas rápidas ao longo do dia, com volumes moderados, tanto na Região Metropolitana do Recife como na Mata Norte. Na Mata Sul, Agreste e Sertão as chuvas serão isoladas, com poucos acumulados. A mesma previsão é válida para amanhã, segundo a Apac. O alerta segue ligado para novos deslizamentos, já que solos ainda estão encharcados nas áreas afetadas.