Trio que mantinha menino acorrentado em barril é condenado a 8 anos de prisão


Três pessoas foram condenadas pela Justiça de São Paulo a oito anos de prisão por torturar um menino encontrado dentro de um barril, em janeiro do ano passado, no interior de São Paulo. Foram condenados o pai do menino, auxiliar de serviços gerais de 31 anos, a madrasta, faxineira de 39, e a filha da madrasta, vendedora de 22 anos. 

Eles moravam juntos na casa, e foram sentenciados pelos crimes de tortura contra criança. Um dos agravantes foi o fato do crime ter sido cometido durante a pandemia de Covid-19. 

A juíza considerou que o pai e a madrasta da vítima agiam com “requintes de crueldade” sob a justificativa de educar a criança. Vizinhos também desmentiram a versão de que o menino foi colocado dentro do barril apenas uma vez.

“Já seria absurdo que uma criança fosse acorrentada pelas mãos e pelos pés, dentro de um tambor, sob o sol quente, mesmo que fosse uma vez apenas.”, explicou na decisão.

O trio está preso desde janeiro do ano passado, quando o caso foi descoberto. Não há recurso para cumprir a pena em liberdade, mas eles podem recorrer da condenação.

Relembre o caso

Em 30 de janeiro do ano passado, a Polícia Militar recebeu a denúncia de que um menino, à época com 11 anos, foi colocado dentro de um barril.

O menino contou ter sido colocado dentro do tambor ainda antes da virada do ano de 2021. Uma perícia indicou que residência tinha condições plenas para manter uma criança saudável, o que caracterizou o crime como tortura física e psicológica.

Revoltados com a situação, vizinhos invadiram a casa no dia seguinte ao resgate e destruíram o local. Por se tratar de um caso envolvendo uma criança, o Ministério Público mantém sigilo sobre a atual condição do menino, bem como seu estado de saúde. Chico sabe tudo