Mãe da menina Beatriz diz que perícias foram sabotadas

Antes de começar o protesto no Recife, Lucinha Mota realizou transmissão ao vivo nessa segunda-feira (27) para comentar o sobre o caso Beatriz e expôs questões ao público. Ela reclamou da postura da polícia e fez cobranças ao governador Paulo Câmara (PSB), criticando também Gleide Ângelo (PSB), que chegou a ser delegada do caso.

A menina Beatriz foi assassinada no seu colégio, em Petrolina, durante a aula da saudade da irmã mais velha, realizada no dia 10 de dezembro de 2015. Segundo a mãe da criança, a perícia foi sabotada e, apesar das denúncias, o Ministério Público nada fez. Recentemente, o governador de Pernambuco admitiu que o “trabalho da polícia não atingiu o êxito que gostaríamos”.

“As festas do colégio eram muito organizadas, ninguém entrava sem senha e sem convite. (…) O inquérito até hoje não foi solucionado. A polícia civil de Pernambuco não apresentou para a sociedade quem são os assassinos de Beatriz, quem planejou… Foi planejado, pois para entrar no colégio, não era qualquer pessoa, tem de ser alguém que conhece todos os caminhos”, chega a comentar Lucinha.

A mulher conta que a primeira delegada a assumir o caso atuou 11 dias no inquérito e a Polícia Federal trabalhou cerca de três dias, produzindo bem. “Eles esclareceram que o crime não era para a família, pois a gente não tinha dívida ou inimigos”, diz.

“Durante esses seis anos de impunidade, já se passaram oito delegados. (…) Hoje temos uma força-tarefa de quatro delegados, que se juntar tudo não dá um…”, reclama Lucinha, que chegou ao Recife após peregrinação para exigir justiça.