O anúncio da aplicação da segunda dose e a dose de reforço da vacina da Janssen para a Covid-19 feito pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (16) pegou gestores de saúde, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e até o laboratório produtor da vacina de surpresa.
Segundo anúncio da pasta, o imunizante, que vinha sendo usado em dose única, agora passará para o regime de duas aplicações, como já acontece com as injeções da Pfizer, AstraZ eneca e Coronavac.
A segunda dose deve ser aplicada dois meses após a primeira na população adulta. Já a dose de reforço deve ser usada após cinco meses do esquema primário completo. A recomendação é que seja com imunizante diferente, preferencialmente da Pfizer.
Apesar de ainda não existir um pedido formal à Anvisa do laboratório sobre aplicar a segunda dose e a dose de reforço, o Ministério da Saúde pode fazer esse tipo de definição.
Isso porque a legislação deixa margem para o ministro “determinar a realização de ações previstas nas competências” da Anvisa, como decidir sobre a aplicação das vacinas.
Mas o ministro só pode tomar este tipo de iniciativa em casos “que impliquem risco à saúde da população” ou em cenários de inação da Anvisa, ainda de acordo com as regras vigentes.