VÍDEO: Pescadores encontram vermes no olho de peixe espécie traíra, em Custódia/PE.

Um vídeo de um pescador do município de Custódia vem circulando nas redes sociais, e esta causando medo as pessoas que consumirem peixe, pois as imagens mostram vermes no olho de um peixe da espécie traíra.

No vídeo, o pescador relata que larvas se remexiam dentro do olho da traíra que teria sido pescada no açude no sítio São Francisco(vizinho ao riacho do gado), na propriedade de Zé de Carminha,  zona rural da cidade de Custódia. 

Veja o vídeo abaixo!

De acordo com a Revista Globo Rural, através de informações do Consultor: Euclydes Ruy de Almeida Dias, biólogo e pesquisador aposentado do Instituto de Pesca de São Paulo, as traíras são carnívoras e é comum adquirirem esses vermes quando comem outros peixes ou moluscos, principalmente crustáceos e anelídeos aquáticos (minhocas). Em geral, os nematóides se alojam na musculatura, vísceras ou gônadas dos peixes.

O “verme do olho” ocorre naturalmente em peixes de água doce de diversas regiões do país, como os tucunarés, matrinxãs, traíras, corvinas, carás, jacundás, entre outros peixes de rios e reservatórios. Na realidade, há condições extremamente favoráveis ao desenvolvimento desse parasito nas pisciculturas: águas represadas, presença de caramujos e constantes visitas de aves piscívoras, além de outros fatores externos.

O peixe não é um portador definitivo dos parasitas. Quando o nematóide está enrolado na carne do peixe, na verdade ele está “esperando” ser ingerido para ter condições de se desenvolver em um hospedeiro definitivo, no caso, o intestino de algum mamífero ou ave. É nesse órgão que ele vai se desenvolver e liberar ovos.

Os danos à saúde ocorrem apenas se os peixes forem consumidos crus ou malcozidos. O ideal é que sejam fritos a uma temperatura de 600ºC ou congelados por 24 horas. É importante também não provar o tempero com o peixe ainda cru. Se os vermes não forem muito pequenos, basta retirá-los, assim como o pedaço da carne que o envolve, e consumir o peixe normalmente.

Mesmo, assim, não deixa de ser bem nojento, né!?