Com avanço do aquecimento global, Brasil vai ter mais secas e enchentes

Com o avanço do aquecimento global, o Brasil deve sofrer com eventos climáticos extremos mais frequentes, como estiagens no Nordeste e no Centro-Oeste e enchentes em cidades do Sudeste. São possíveis ainda efeitos negativos na economia, como forte queda da produção agrícola, apresentado nessa segunda-feira (9), na análise para as Américas do Sul e Central.

Conforme o IPCC, os efeitos para o Sudeste, onde os aumentos nas precipitações média e extrema são observados desde a década de 1960, virão com ainda mais tempestades. Na região mais populosa do Brasil, cidades já castigadas todos os anos pelas chuvas, como São Paulo, Rio e Belo Horizonte, devem enfrentar o problema com mais intensidade e frequência, e haverá crescimento de inundações.

Com grandes porcentuais de impermeabilização de seus solos, as cidades são consideradas “hotspots” do aquecimento global, normalmente mais quentes que as áreas em redor. Essas mudanças, projetadas para um aumento médio de 2ºC, serão acompanhadas das elevações de emissões de gases de efeito estufa, aerossóis e destruição da camada de ozônio.

O mesmo processo deverá ocorrer no Nordeste, com um agravante: a região terá aumento das inundações causadas por tempestades, mas também sofrerá com secas mais longas. Entre 2012 e 2017, a mais longa estiagem já registrada afetou os Estados nordestinos. Foram seis anos com chuvas abaixo da média, já a mais baixa do País.

Via Afogados Online