Confusão marca registro da candidatura de Zé Raimundo a presidência da UVP

Uma confusão marcou o registro da chapa de oposição composta por Zé Raimundo e José Chaves, para a eleição da União dos Vereadores de Pernambuco (UVP). O advogado Mário Júnior, ex-vereador de Igarassu, disse que foi agredido verbalmente pelo então presidente da entidade, Josinaldo Barbosa que, segundo ele, teria “surtado” na tarde desta sexta-feira (12).

No último dia para registro das candidaturas, o advogado da chapa esteve na sede da UVP, localizada na Avenida Beira Rio, no Bairro da Madalena, no Recife, para garantir a participação dos vereadores no pleito. O profissional conta que estava acompanhado dos vereadores Maguila (Solidariedade) e Elvis Henrique (Cidadania), além do contador da chapa, o ex-vereador de Olinda, Valério Leite, e que os companheiros o aconselharam a deixar a entidade na hora da confusão, devido ao risco de uma agressão física.

Segundo Mário, o motivo da confusão é o discurso adotado pelo advogado para justificar o porquê de não mais apoiar o presidente Josinaldo e a chapa da qual ele faz parte nesta eleição. “Quando as pessoas me perguntam por que eu mudei de lado, eu respondo que entendo que uma pessoa que não dá bons exemplos, não pode mais representar entidade alguma”, diz o profissional se referindo a fato de a Polícia Federal e a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), já ter feito buscas na UVP por acusações ao presidente.

“Além disso, Josinaldo não representa mais os ideais de transparência que desejávamos para a União. Hoje ninguém sabe o que é feito com o dinheiro arrecadado pela instituição que nasceu com objetivos nobres. O que ele dizia no passado não faz mais no presente, tanto que está há quatro gestões no poder, mas pregávamos dar espaço para renovações”, completa.

Devido às agressões verbais que diz ter sofrido, com gritos e xingamentos de baixo calão, além das ameaças supostamente deferidas pelo presidente, o advogado informou que iria fazer um Boletim de Ocorrência ontem mesmo. “Esse desequilíbrio emocional só ratifica a minha opinião de que ele não pode mais ser o representante maior da UVP, ou ocupar qualquer cargo na diretoria da entidade”, relata Mário.