Marília x Armando: encontro público, assunto reservado

Um encontro realizado entre o ex-senador Armando Monteiro (sem partido) e a deputada federal Marília Arraes (PT), na tarde de ontem (26), movimentou os bastidores políticos no Estado. Em conversas reservadas, há quem diga que a deputada “está fazendo alianças visando 2022”. Por outro lado, o ex-senador nega a possibilidade de uma aliança no momento. Armando negou o que aliados haviam prenunciado sobre assumir comando do PSDB.

“É bom ficar atento aos movimentos que ela (Marília) vem fazendo”, disse uma fonte próxima sobre o encontro entre o ex-parlamentar e a deputada federal. Uma outra fonte petista prenunciou: “Aos poucos, isso pode sinalizar alguma mudança nos planos de 2022”.

O ex-senador negou que tenha sido sobre a eleição de 2022 e informou que a visita que Marília (PT) fez foi “meramente cordialidade”. Segundo ele, o assunto não deve ser pautado agora. Questionado sobre a possibilidade de encabeçar uma chapa com a petista, Monteiro assinalou: “(O encontro) Não teve nenhum caráter de discutir essa questão (de aliança) partidária. Falamos da oposição aqui no estado e na cidade. Não falamos nada sobre (aliança)”.

O ex-parlamentar salientou que, diante do espectro político e da conversa que ele teve com Marília (PT): “Ela vai ficar e continua no partido dela” – referindo-se ao PT. Embora tenha negado e afirmado que Marília (PT) tenha interesse em ficar no Partido dos Trabalhadores, há quem reforce a tese de saída da petista e diga que “isso de Armando é apenas uma cortina de fumaça para disfarçar o jogo”.

A deputada Teresa Leitão (PT) fez um comentário acerca da reunião, à deputada disparou: “Marília tem liberdade para fazer os contatos que ela achar conveniente fazer”. Sobre o destino do partido para 2022, a correligionária de Marília (PT) destacou que ainda não há planos. “Não tem nada decidido sobre o destino do PT em 2022 ainda não. Tem etapas e essas etapas estão vinculadas à decisão do diretório nacional do PT”, deixou explícito em entrevista ao Diario. Sobre o posicionamento do partido no governo, Teresa engatilhou: “Tem petista que não está observando o que o partido prescreveu”.

Mistério

Sobre assumir o comando do PSDB, Armando afirmou que não era hora para essa discussão: “Não estou discutindo assumir comando de nenhum partido no momento. Não vou discutir sobre o ingresso em uma legenda para exigir comando. Converso bastante com o PSDB e tenho amigos. Sou amigo do presidente Bruno, tenho boas relações com a prefeita Raquel Lyra e com João Lyra Filho. Existem várias lideranças que tenho relações muito boas”, negando a possibilidade de assumir a sigla no estado.  “Converso com esses atores políticos, mas não discuto, nem vou discutir comando de partido. Não está no radar”.