Contra cortes, funcionários do Banco do Brasil indicam paralisação nesta sexta-feira

Polêmico, o plano quase custou o cargo do presidente da instituição, André Brandão. Logo após o anúncio dos cortes, em 11 de janeiro, o presidente da República, Jair Bolsonaro, demonstrou irritação com Brandão e expressou a interlocutores a intenção de demiti-lo.

Bolsonaro reclamava que não havia sido avisado sobre as demissões e o fechamento de agências do banco, em um momento em que o governo também sofria um revês de imagem com o anúncio da saída da montadora Ford do Brasil e o fechamento de outras 5 mil vagas.

Foi preciso que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – que formam o núcleo duro da área econômica do governo – montassem uma operação para evitar a demissão precoce de Brandão, que estava a menos de quatro meses no cargo. Por enquanto, o executivo permanece no comando do banco, mas seu plano de reestruturação segue ameaçado.

Ao longo desta semana, sindicatos ligados aos bancários em todo o País aprovaram a paralisação dos funcionários do Banco do Brasil nesta sexta-feira. A orientação geral é de que os trabalhadores cruzem os braços, estejam eles em agências ou em home office. Em função da pandemia do novo coronavírus, os protestos presenciais, em frente às agências, devem dar lugar a ações na internet.

A participação no ato, no entanto, é uma incógnita. Funcionários que aderirem ao movimento podem ter o dia de salário cortado, o que serve de desestímulo. Tradicionalmente, a adesão não é generalizada.PENoticias