João Campos defende frente ampla


O deputado federal João Campos (PSB) participou, na noite de ontem, de uma live com o jornalista Rhaldney Santos no Instagram do Diário de Pernambuco. Ao se referir sobre uma já quase descartada aliança da esquerda nas eleições municipais, o parlamentar, que é pré-candidato a prefeito do Recife, afirmou que é necessária uma “frente ampla e democrática” para enfrentar o “momento difícil” que o Brasil passa. “Cada partido tem autonomia de tomar sua decisão. O PT tem a sua, isso é saudável na democracia. Eu entendo que o momento é desafiador. Temos que proteger as conquistas sociais que foram feitas a muitas mãos, desde o governo Fernando Henrique, passando pelas duas gestões de Lula e o primeiro mandato de Dilma. Para construir, leva tempo, para destruir é muito rápido”, argumentou João Campos.
Em outro momento da entrevista, o deputado também criticou a gestão educacional do governo Jair Bolsonaro (sem partido). “O Ministério da Educação – MEC – passou por momentos de muita polêmica e pouca atividade. A educação nunca pode estar em segundo plano, ela é tão relevante quanto a saúde. Nesse momento de isolamento social, a gente não viu o MEC criar um plano de formação de professores para ensino remoto, por exemplo. O Ministério não fez nada. Eu quero que a educação dê certo, desejo sorte ao novo ministro”, avaliou Campos, que classificou a votação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que deve ocorrer na próxima semana, como “a mais importante” de sua ainda breve trajetória como parlamentar.
CANDIDATURA
Sobre uma possível gestão sua como prefeito do Recife, João Campos reforçou palavras-chave como “mobilidade urbana” e “educação”, dando a entender que essa será a tônica de suas propostas para a capital pernambucana.
Sobre a área cultural, muito atingida pela impossibilidade de aglomerações durante a emergência causada pela Covid-19, o pré-candidato prometeu reforçar fundos de fomento. “Temos o dever de fortalecer a cultura. O estado tem o dever de proteger a raiz e apontar para o futuro. A gente tem que fazer uma proteção da cultura, educação e ciência e tecnologia. Recife é uma cidade que respira cultura. O Funcultura de Pernambuco é o maior, em proporcionalidade, do país, e em números absolutos só fica atrás do de São Paulo. Lançamos recentemente no Recife um fundo semelhante para fomento das atividades culturais. É um setor que vai sofrer muito com a pandemia. Precisamos fortalecer o fundo de cultura criado e pensar alternativas que protejam nesse momento desafiador”, afirmou Campos.