A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), foi a uma rede social parabenizar o Governo do Maranhão, que a partir deste mês de fevereiro vai pagar aos professores do Estado o piso salarial de R$ 6.358,96. O governador do Maranhão, Flávio Dino, é do mesmo partido de Luciana Santos, que é presidente nacional da legenda.
“Flávio Dino segue com sua revolução na educação do Maranhão. O piso salarial para professor da rede estadual, que trabalha 40 horas semanais, passará agora para R$ 6.358,96. Mais do que o dobro do piso nacional que é de R$ 2.886,24”, elogiou Luciana Santos.
A publicação da vice-governadora, entretanto, não foi muito bem recebida por alguns internautas. Eles reclamaram que Paulo Câmara não está pagando o mesmo valor que o Maranhão. Foram feitos vários questionamentos na própria postagem de Luciana. Nenhuma foi respondida pela equipe da vice-governadora até o fechamento desta matéria.
“Porque Pernambuco não pode fazer isso ?”, questionou João Bita.
“Pernambucano deveria respeitar mais os professores e pagar um salário digno”, disse Sílvia Regina.
“Como seria bom o governador de Pernambuco fazer algo meio que parecido! 5 mil por exemplo”, postou outro internauta.
PISO PERNAMBUCANO
Atualmente, Paulo Câmara paga como piso R$ 2.557,74. Valor abaixo do piso nacional de R$ 2.886,24 e bem abaixo do piso do Maranhão, quase o triplo do valor pago por Pernambuco.
O valor de piso nacional foi estabelecido em 16 de janeiro de 2020, por portaria do ministro da Educação, Abraham Weintraub, do Governo Bolsonaro.
Uma fonte do Governo do Estado justificou ao blog que Pernambuco está pagando um valor abaixo do piso nacional, pois “ainda precisa enviar um projeto de lei para a Assembleia”.
Segundo a fonte, desde o primeiro mandato de Paulo Câmara, é aberta uma “mesa de negociação com os sindicatos dos professores, para fechar uma proposta de consenso”, antes de ser enviada a Assembleia.
Em 2019, a negociação do Governo Paulo Câmara com os professores demorou e o reajuste do piso só foi aprovado por lei em setembro.
Mesmo assim, o Governo do Estado tradicionalmente “propõe que o aumento seja retroativo a janeiro, de modo que os professores não tenham prejuízo financeiro”, informa a fonte.
Não se sabe quando o governador Paulo Câmara vai enviar o projeto para cumprir o novo piso nacional dos professores.
A partir de agosto de 2019, após o PT voltar a ser aliado do PSB, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (SINTEPE) passou a apoiar com entusiasmo as propostas de reajustes do Governo doEstado. Em 2019, Paulo Câmara concedeu um reajuste de 4,17% aos professores.
“O reajuste salarial conquistado pelos/as trabalhadores/as em educação foi aprovado, em Primeira Discussão, ontem (17), pelos/as deputados/as estaduais pernambucanos. A matéria que tramita reajusta em 4,17% o piso salarial dos/as trabalhadores/as em educação da rede estadual de ensino. Encaminhado pelo Executivo, o Projeto de Lei Complementar 467/2019 atualiza de R$ 2.455,35 para R$ 2.557,74 o valor recebido por profissionais efetivos com 200 horas-aula mensais, e de R$ 1.841,56 para R$ 1.918,36, para os de 150 horas”, disse o SINTEPE, em nota de setembro de 2019, comemorando o aumento dado por Paulo Câmara ano passado. (Via: Blog do Jamildo)