Na manhã desta quarta-feira (19), Fabiana Araújo, 37 anos, moradora do bairro Ipsep, procurou a reportagem do Farol de Notícias para expressar sua indignação com o que chamou de descaso do Hospital Regional Agamenon Magalhães (Hospam) com seus pacientes. Ela é esposa da vítima da colisão entre um veículo e uma motocicleta na BR 232, na região do Km 409, (relembre).
Fabiana Araújo relatou que o seu esposo, Durval Bruno Santos, 32 anos, deu entrada no Hospam por volta das 14h40 dessa terça-feira (18), mas mesmo sentindo dores e tendo queda de pressão recebeu alta às 18h30. Precisava de uma tomografia, porém, o hospital informou que não oferecia esse serviço, logo deveria voltar apenas se conseguisse fazer o exame.
Em conversa com o Farol, Durval Santos não escondeu a sua indignação com os últimos acontecimentos. “Quero deixar aqui minha indignação pela falta de equipamentos para fazer exames, como a tomografia, por exemplo. Preciso fazer uma, mas não fazem. Nem particular consegui. Como uma cidade como Serra Talhada se diz polo médico? Uma falta de respeito com a população, a estrutura do Hospam é péssima. Eu como um cidadão recifense nunca me imaginei numa situação como esta, principalmente como funcionário público aqui dessa cidade, fico indignado com tamanho descaso”, desabafou a vítima.
OUTRO LADO
De acordo com o diretor do Hospam, João Antônio Magalhães, o hospital realmente não dispõe de tomógrafo e os exames são realizados em um hospital privado da cidade através de um contrato do Governo do Estado que distribui vagas para as tomografias.
“Infelizmente, não dispomos do equipamento, mas realizamos sim a tomografia. O que acontece é que a máquina que nos atende na rede privada está em manutenção, quebrou e foi para a manutenção. Nós não poderíamos prever algo assim, mas esse contrato de prestação de serviço existe diretamente com o governo estadual. Como não estamos realizando, a opção pertinente é encaminhar o paciente para outras cidade”, detalhou.
