Estamos vivendo no país da euforia em defesa dos interesses pessoais.
O povo brasileiro está vivendo um momento de euforia onde os falsos moralistas praticam a arte do melhor discurso, independente da ação.
Ou melhor, está sempre no pódio aqueles que têm o melhor discurso, arma de convencimento para os analfabetos funcionais, que vivem a reclamar e partilhar da falta de ação.
Não podemos nos centrar apenas nas ações políticas que repercutem a nível nacional e internacional, mas principalmente nas nossas ações.
De que forma estamos contribuindo para a mudança?
Criticando os que não mudam? ou procurando mudar internamente?
Damos a desculpa de que nada muda, de que nada vale a pena, ou estamos buscando fazer a nossa parte?
Vejamos a história:
A Lei Complementar nº. 135 de 2010, mais conhecida como Lei da Ficha Limpa, foi originada de um projeto de lei de INICIATIVA POPULAR que reuniu cerca de 1,6 milhão de assinaturas com o objetivo de aumentar a idoneidade dos candidatos.
Este foi um projeto de “INCIATIVA POPULAR”, ou seja, um projeto de lei aprovada por iniciativa do povo, onde diversas entidades, inclusive as Igrejas mobilizaram o povo para aprovação da LEI DA FICHA LIMPA
E hoje, o que defendemos?
Defendemos uma política pública que proporcione a geração de desenvolvimento econômico e social?
Se defendemos, que tipo de político estamos defendendo para condução deste processo?
Políticos que estejam comprometidos, não só com o desenvolvimento econômico, mas também, com os princípios éticos e morais em defesa da família e de uma sociedade mais justa, mais humana e mais fraterna?
O povo reclama da falta de ética e moral. É contra a corrupção, desde que isto não venha a contrariar os seus interesses “particulares”, verdade?
Será que estamos conscientes de nossas decisões?
Precisamos buscar entender os fatos e procurar agir com a razão, evitando o imediatismo, e a euforia.
Sem isto, os falsos profetas continuam dominando o mundo com base em discursos que não refletem a realidade do povo, e este mesmo povo, aplaudindo a falsa realidade e reclamando das suas “próprias decisões”.
Fiquemos de olho no discurso e na prática, não apenas de quem está próximo, mas também do nosso, porque muitas vezes é mais cômodo concordar ou discordar, do que ser vigilante e proativo.
Por Tarcízio Leite