Fuga da Barreto Campelo que resultou na morte de PM foi para resgatar presos de ‘alto poder aquisitivo’, diz secretário


Um grupo de detentos fugiu, na noite de quarta-feira (13), da Penitenciária Professor Barreto Campelo, na Ilha de Itamaracá, no Grande Recife. Durante a fuga da unidade, que é de segurança máxima, os presos trocaram tiros com um policial militar, que foi atingido na cabeça e morreu, segundo a Polícia Civil.
A fuga desta quinta foi planejada para “resgatar presos de alto poder aquisitivo”, segundo o Secretário de Justiça de Pernambuco, Pedro Eurico. Entre os fugitivos, está José Maria Rosendo, condenado em 2016 como mandante do assassinato do promotor de Itaíba Thiago Farias. O crime aconteceu em 2013.
“Foi uma operação de presos que têm poder. Não apenas de José Maria Rosendo. Mas não tem nada a ver com facção, com organização criminosa”, afirma Pedro Eurico. O secretário caracterizou a ação como “muito bem planejada”.
Até o início da tarde desta quinta-feira (14), o governo não tinha informado o número do total de fugitivos nem quais detentos seriam o alvo do resgate. A Secretaria de Ressocialização realizou a contagem nominal durante a manhã para identificar quem escapou. Ainda não houve recapturas.
O delegado João Brito, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que esteve na Barreto Campelo, afirmou que o sargento da reserva remunerada da PM Rinaldo Azevedo Campelo, de 49 anos, fazia a guarda externa da prisão quando percebeu o plano de fuga, reagiu e foi baleado. Ele chegou a ser socorrido por um agente penitenciário, mas morreu ao dar entrada no hospital local.
Em nota, a Polícia Militar de Pernambuco lamentou a morte do sargento da reserva e informou que o sepultamento foi marcado para as 16h desta quinta, no Cemitério de Santo Amaro, no Recife.
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