O UOL informa que o futuro ministro do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro (PSL), o advogado e administrador Ricardo de Aquino Salles, é réu de ação civil pública ambiental e de improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público de São Paulo em maio do ano passado.
Segundo a publicação, Salles era secretário estadual do Meio Ambiente do governo de Geraldo Alckmin (PSDB) na época. A ação diz respeito à elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê, em 2016.
Os dados apresentados na ação civil apontam que a área de proteção citada contém 7.400 hectares, foi criada em 1987 e abrange 12 municípios da Grande São Paulo. A área de várzea do rio Tietê cumpre “função reguladora das cheias do rio, contribuindo, por conseguinte, para minimizar as enchentes nas regiões por onde passa”.
Segundo o MP-SP, durante esse processo de elaboração do plano de manejo da área, “foram cometidas diversas irregularidades pelos demandados”, isto é, pelos alvos da ação.
“Os citados agentes públicos agiram à sorrelfa [às escondidas] e com a clara intenção de beneficiar setores econômicos, notadamente a mineração, e algumas empresas ligadas à Fiesp. Foram incluídas ‘demandas’ da Fiesp que já haviam sido rejeitadas no momento oportuno”, escrevem os promotores de Justiça.