Pré-candidata a governadora pelo PT, a vereadora do Recife Marília Arraes articula o seu nome na disputa contra Paulo Câmara, enquanto uma ala do partido conversa com o PSB. A aliança que ela defende para os petistas, porém, é com o PSOL, ainda no primeiro turno. “Uma candidatura do PSOL pode tirar a gente do segundo turno”, avalia.
Para a parlamentar, o cenário em que os dois partidos ligados à esquerda saem com candidaturas independentes no primeiro turno poderia “levar os representantes da direita para o segundo turno”.
O PSOL avalia a candidatura do também vereador do Recife Ivan Moraes. “É um bom candidato, mas a gente corre esse risco”, afirma Marília Arraes. Outra ala do PSOL se mobilizou também pelo nome de Áureo Cisneiros, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE).
Com a postura da vereadora de oposição ao PSB, partido do qual se desfiliou após o racha nas eleições de 2014, surgiu um burburinho nos bastidores de que ela poderia passar a caminhar com o PSOL caso os petistas confirmam a reaproximação com os socialistas. As conversas, segundo ela, são pela aliança entre PT e PSOL.
Divergências no PT
Além da pré-candidatura de Marília, o PT trabalha hoje com mais dois nomes contrários a ela: o do deputado estadual Odacy Amorim e o do administrador José de Oliveira. Há ainda a possibilidade de ser retomada a aliança com o PSB, rompida em 2012 no âmbito municipal e em 2013 no estadual e no nacional. A reaproximação começou em Brasília este ano.
O diretório estadual do partido tem uma reunião nesta quarta-feira (20), em que seria definido o nome para a disputa. Com as divergências internas, no entanto, a decisão deve ser adiada. A expectativa da vereadora é de que os petistas deixem para tomar uma posição em março, como têm feito outras legendas.