
(17 de setembro de 1881 – 17 de setembro de 2015)
Inaugurado em 17 de setembro de 1881, o prédio sede da administração do município de Flores tem uma importância ímpar na política administrativa de todo o interior pernambucano, já que sua construção destinou-se ao funcionamento da Cadeia Pública, da Câmara Municipal e da Justiça da Comarca do Sertão da província de Pernambuco.
Como estabelecia a legislação da época, sua construção foi posta em arrematação pelo presidente da Província de Pernambuco e vencida pelo tenente coronel Pedro Pessoa de Siqueira Campos. O contrato foi assinado no dia 6 de junho de 1872, pelo preço total de 47.716$000 (quarenta e sete contos e setecentos e dezesseis mil reis). Porém, este tendo atrasado a obra em seis anos, teve seu contrato rescindido em outubro de 1879.
No dia 31 de outubro de 1879 o Governo da Província de Pernambuco assinou um novo contrato, agora com Francisco D’Ávila de Mendonça, pela quantia de 23. 230$974 (vinte e três contos, duzentos e trinta mil e novecentos e setenta e quatro reis). E, em 17 de setembro de 1881, o prédio da cadeia de Flores, teve sua construção concluída e anunciada na Assembleia Legislativa da Província pelo então presidente, Dr. Epaminondas de Barros Correia. Nesta época, a cadeia tinha capacidade para conter quarenta detentos.
A celas da cadeia e o comando do destacamento policial, funcionavam do térreo. No primeiro andar, a Justiça onde se davam as sessões do Júri e da Câmara Municipal. Ainda no primeiro andar, funcionavam: uma sala para o juiz e outra para os jurados; uma enfermaria, uma secretaria, uma sala para o carcereiro, uma botica, um deposito e uma cozinha.
As grades das celas davam para o exterior, eram guarnecidas com grossas barras de ferro. Podiam os detentos passar as pernas e os braços para fora, onde tinham um certo contato, chegando até mesmo a conversarem, com as pessoas que passavam pelas calçadas.
O prédio está localizado em local de destaque na atual praça Dr. Santana Filho que, até o ano de 1952, oficialmente, era denominada de rua Floriano Peixoto, e popularmente conhecida por Rua Grande.
REFERÊNCIAS:
Anais Pernambucanos, de Francisco Augusto Pereira da Costa (CD-ROM)
Flores do Pajeu: história e tradições / 2. ed., corr., ampl., rev. Recife: Printer, 2004.