Cuidar da saúde, ter uma vida com a mínima enfermidade possível e ter um tratamento médico hospitalar digno, descente, de forma respeitosa e com decência é o que todos os brasileiros deveriam ter. Isso definitivamente as pessoas não tem no Brasil, até mesmo aquelas pessoas que podem pagar um plano particular sofrem humilhações no momento em que precisam de serviços médicos. Muitas vezes o atendimento é péssimo, a qualidade dos serviços prestados diretamente pelo médico é ruim e muitas outras deficiências que fazem os pacientes terem dois tipos de sofrimento: o sofrimento da própria enfermidade e o sofrimento da humilhação e da angústia.
Uma mãe aqui em Serra Talhada está sentindo na pele, o que é ver seu filho doente, buscar um tratamento médico no sistema público e além de não darem um verdadeiro diagnostico do caso, ser tratada mal. Paloma Silva, de 17 anos, mãe do Pietro Miguel Ferreira de 11 meses, junto com sua irmã Patricia Alencar, entraram em contato com a redação do Portal Nayn Neto, para relatar que há mais de dois meses o pequeno Miguel, está com o corpo cheio de caroços, e que levaram o bebê até a USF – Unidade de Saúde da Família, COHAB I e os médicos mandaram ele pra casa, falando que era catapora, mesmo a mãe afirmando que não era, pois catapora não dura dois meses.
Segundo Patricia, a família também recorreu ao Hospital Regional Agamenon Magalhães (Hospam), no centro de Serra Talhada, mas além de terem sidos mal atendidos, o médico falou que não era caso de urgência e mandou os a criança para casa.
“Minha irmã Paloma, estava levando o meu sobrinho Pietro, ao posto de saúde da Cohab, porque ele já está com mais de dois meses com o corpo cheio de caroços, e os médicos mandando ele pra casa, falando que meu sobrinho estava com catapora e cada dia meu sobrinho piorando. Minha irmã pediu exames e os médicos falaram que não ia encaminhar pra fazer exames, que era para ela esperar porque era catapora.
Então resolvemos pagar uma consulta particular, porque estávamos vendo que não era catapora. A médica passou uns exames de sangue pra ele, e no exame constou que meu sobrinho está com anemia, colesterol alto e que ele não pode comer nada feito de massa ou com gordura. Passou mais exames de hormônio pra saber o que ta acontecendo, mas minha irmã está desempregada e não pode pagar mais R$ 300,00 reais para fazer mais exames e comprar medicamentos. Infelizmente a área da saúde é uma vergonha. Agora eu pergunto, onde vai parar isso? O que os médicos do sistema público de saúde estavam esperando para encaminhar exames paro meu sobrinho? Eles estava esperando acontecer o pior? Onde que catapora leva mais de dois meses pra melhorar? Onde esse Brasil vai parar? Estou de coração partido ao ver meu sobrinho nesse estado,” finalizou Patricia.