Parece que a visita do governador Paulo Câmara nesse domingo (26) a Petrolina, não será tão confortável como foram às visitas do ex-governador Eduardo Campos.
Com o racha no Partido Socialista Brasileiro (PSB) em Petrolina, depois do anuncio da nova comissão provisória, presidida pelo deputado estadual Miguel Coelho, e com a dissidência dos deputados Gonzaga Patriota que recusou o cargo de vice e de Lucas Ramos, que não aceitou a formação da nova comissão, o governador deve enfrentar o clima desagradável na legenda.
O deputado federal Gonzaga Patriota que presidia essa comissão provisória, demonstrou total insatisfação com o fato de ter sido preterido da Presidência, afirmando ainda que não aceita cargo de vice, mesmo porque em comissão provisória não existe essa função.
“Eu recriei o Partido em 1998, quando Miguel Arraes perdeu a eleição por mais de um milhão de votos para Jarbas Vasconcelos, cujo vice de Arraes era o atual senador Fernando Bezerra, pai de Miguel Coelho, me senti sim, desprestigiado por não ter sido reconduzido a presidência da comissão provisória do meu partido”, afirmou o Parlamentar.
“Eu sou verdadeiro, estou sim insatisfeito, pois quando o partido mais precisou de mim eu estava lá, nunca saí, fiquei em momentos bons e ruins, mais mantive minha lealdade e fidelidade ao PSB, humildemente espero que o novo presidente da comissão provisória Miguel Coelho, tenha a mesma sorte que eu tive, trouxe um partido que tinha 1% dos votos em Petrolina após a derrota de Arraes, e na saída de Fernando Bezerra do partido, para a grande vitória obtida na eleição de 2014 que elegeu um senador, dois deputados federais e dois estaduais, só em nossa cidade”, disse Gonzaga.
Por outro lado o deputado estadual Lucas Ramos que defendia a recondução de Gonzaga como presidente da comissão provisória do PSB em Petrolina, não aceitou qualquer outro cargo na mesma, pedindo imediatamente a retirada do seu nome.
Lucas Ramos divulgou nota onde diz que “em respeito da nova composição da comissão provisória do Partido Socialista Brasileiro em Petrolina, reiteramos a nossa posição contrária à mudança da presidência da comissão, sentimento compartilhado por muitas lideranças que formam o PSB no município, pois entendemos que a substituição do deputado Gonzaga Patriota representa uma imposição de um projeto político familiar, que mais uma vez atropela os companheiros sem nenhuma discussão interna e democrática.
Dessa forma, decidimos não fazer parte dessa composição autoritária.
Pelo caráter provisório da comissão, nós nos reservaremos a discutir, organicamente e democraticamente, a formação definitiva do Diretório Municipal do nosso vitorioso PSB de Petrolina.
Esclareço a todos os filiados do partido em Petrolina que continuarei atento e vigilante às movimentações autoritárias dentro do nosso partido, e que continuaremos a disposição dos companheiros para qualquer tarefa que nos for confiada.
Por fim, renovo a nossa condição de liderado do governador Paulo Câmara, escolhido pelo nosso eterno líder Eduardo Campos para ser seu sucessor, ungido com expressiva e histórica votação pelo povo pernambucano”, finaliza o deputado.
A verdade é que o governador vai a Petrolina em um momento muito ruim administrativamente falando, pois enfrenta o “ódio” dos policiais e delegados civis do Estado, além de enfrentar a revolta dos pipeiros que não recebem seus pagamentos há seis meses.
Um inferno astral, podemos dizer que é esse o clima que Paulo Câmara deverá enfrentar nessa sua visita a Petrolina, nesse domingo (26), para encerramento do programa Chapéu de Palha que no passado já foi sinônimo de entusiasmo pelos governadores Miguel Arraes e Eduardo Campos.
Via PE NOTICIAS