Após vetar casamento gay, comissão da Câmara pode votar nova polêmica

Dominada por deputados evangélicos e bolsonaristas, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara não deve encerrar as polêmicas após aprovar um projeto que proíbe a união civil entre pessoas do mesmo sexo.

Segundo parlamentares progressistas do colegiado, a oposição se movimenta para que o próximo projeto a ser votado na comissão seja o igualmente polêmico estatuto do nascituro, que proíbe o aborto até nas condições previstas na Constituição.

Hoje, diversos projetos tratam do estatuto do nascituro. A ideia de deputados evangélicos e bolsonaristas seria levar um deles para ser votado na comissão e repetir a estratégia do PL que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Assim, mesmo tendo a consciência de que há pouca ou nenhuma chance de uma proposta que proíba o aborto em todos os casos prosperar no plenário da Câmara, a ideia é aprovar ele na comissão como forma de “fazer barulho” sobre o tema.

Na terça-feira (10), a Comissão de Previdência aprovou o projeto que proíbe o casamento homoafetivo e a união estável entre pessoas do mesmo sexo. A cúpula da Câmara, porém, não deve deixar a proposta avançar na Casa.