Essa foi uma das aspas da secretária de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Lucinha Mota , ao responder sobre o seu maior desafio diante da pasta, durante a sua posse em janeiro.
Ficou somente nas aspas mesmo e no glamour do momento da posse, porque até agora, Lucinha Mota não avançou em nenhuma ação diante dos números assustadores. Nada mesmo.
Ela ficou conhecida por todos por sua determinação e sua garra ao lutar pela elucidação do assassinato da filha, Beatriz . A secretária em uma tacada de mestre em marketing político bem elaborado, atravessou todo o estado a pé para cobrar justiça pela morte de sua filha.
Graças a Deus e a mãe, o “caso Beatriz” não virou uma estatística , foi solucionado e o acusado está preso.
Infelizmente, não foi o caso da menina de 12 anos, Adrieny Gonçalves dos Santos, assassinada em maio desse ano , com requintes de crueldade , em Petrolina, mesmo município que Beatriz foi morta, só que na zona rural, no distrito de Izacolândia.
Ela foi encontrada queimada, no quintal de uma escola desativada na Vila São Joaquim. Dentro do espaço havia marcas de sangue. O caso não mereceu, nenhuma citação, nem um post, nenhuma uma nota de pesar da secretária de Justiça e Direitos Humanos. A morte da menina Adrieny virou estatística. É só.
Pernambuco é hoje, o terceiro estado com maior número de crimes violentos do país nos seis primeiros meses de 2023, atrás da Bahia e do Rio de Janeiro. Como reage às organizações de Direitos Humanos com números tão alarmantes no estado?
A SDS carrega essa bronca grande dos números assustadores nas costas , sem um plano de segurança efetivo , cobrado por todas as esferas e até a última titular pulou do barco pedindo exoneração, ,a delegada Carla Patrícia , a quinta secretária a sair do governo em pouco mais de cinco meses.
A expectativa de toda a comunidade de Pernambuco para tirar a assombração da violência no estado que está alarmante, é a execução do plano “Juntos pela Segurança”, lançada pela governadora Raquel Lyra no dia 31 de julho, com seis eixos estratégicos:
Prevenção à violência; cidades seguras e articulação com os municípios; polícia e defesa social; articulação com o sistema de justiça; administração prisional e ressocialização.
