Cena de filme: Motorista de aplicativo provoca capotamento para fugir de assaltantes após ser sequestrada, estuprada e feita refém por mais de 300 km

Uma motorista de aplicativo capotou um carro depois de ser sequestrada, estuprada e feita de refém por mais de oito horas. O incidente ocorreu em Goiás, na segunda-feira 24. A motorista recebeu o chamado para uma corrida às 3 horas. Ela decidiu aceitar, porque o aplicativo mostrava que o passageiro era uma mulher, segundo o delegado responsável pelo caso, Marco Antônio Maia.

Quando chegou ao local onde a corrida iniciaria, a motorista foi rendida por três homens. Um deles portava uma arma de fogo. A conta usada para solicitar a corrida estava vinculada a um celular roubado, de acordo com a Polícia Civil de Goiás.
 

Os criminosos colocaram a mulher no banco de trás do veículo e seguiram em direção a outro Estado. Como eles erraram o caminho, seguiram para cidade de Hidrolândia, interior de Goiás, onde estupraram a vítima.

Depois do crime, a motorista de aplicativo foi mantida como refém. Os homens chegaram a parar em um posto de gasolina para comer e abastecer o carro, usando dinheiro roubado da vítima para paga.


Mulher capota o carro para se salvar

Para tentar se livrar dos momentos de terror que estava vivendo, a mulher tomou uma medida extrema. Em um trecho da estrada, capotou o veículo para tentar fugir. 

“Ela percebeu o descuido do motorista e do outro criminoso que estava na frente, decidiu pôr o cinto de segurança e virou o volante propositadamente”, afirmou o delegado. “O carro caiu numa ribanceira, próxima de uma fazenda de seringueira. Depois disso, a vítima fingiu-se de morta. Foi quando os três se levantaram e fugiram.”

A vítima saiu correndo logo depois da fuga dos criminosos e pediu ajuda. Ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e passou por exames, que constataram o estupro. Ela quebrou um dos pés no acidente.

As Polícias Militar e Civil também foram acionadas. Os três suspeitos foram encontrados. Houve troca de tiros, e um deles foi baleado e levado ainda com vida ao Hospital de Barro Alto. Mas não resistiu aos ferimentos. 

Depois da fuga, os outros dois suspeitos foram novamente encontrados — e uma nova troca de tiros aconteceu. Ambos foram alvejados. Eles também foram socorridos para o mesmo hospital, mas não resistiram aos ferimentos.