Juíza do Caso Beatriz pede informações à Polícia Civil sobre suspeita de fraude em perícia

A juíza Elane Brandão Ribeiro pediu esclarecimentos à Polícia Civil de Pernambuco sobre um possível recebimento de propina para falsificação do laudo pericial que fez parte do inquérito do Caso Beatriz, a menina assassinada dentro do Colégio Auxiliadora no dia 10 de dezembro de 2015, em Petrolina. De acordo com o despacho da juíza, o perito teria recebido R$ 1,5 milhão para falsificar uma das perícias que comprometia a instituição de ensino onde a criança foi morta. As informações são da TV Grande Rio, em Petrolina.

O advogado do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, Clailson Ribeiro, informou, em nota, que a instituição está acompanhando o caso e “repudia toda e qualquer vinculação do seu bom nome a qualquer conduta fora da lei. Ao longo do inquérito, o colégio cooperou integralmente com a polícia e com a justiça para o esclarecimento do caso e todas as tentativas de vincular o nome da instituição a algum ilícito foram prontamente combatidas, esclarecidas e provada a insubsistência dos referidos fatos. Seguimos confiantes na justiça e na sua resposta final para o caso”.

A TV Grande Rio tentou também um posicionamento da Polícia Civil sobre esse despacho da juíza, mas não obteve retorno.

Em novembro do ano passado, Marcelo da Silva, acusado de cometer o crime, passou por audiência de instrução, que só foi finalizada em dezembro. Ainda não foi definido se o acusado vai ou não a juri popular.

De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) “o despacho da juíza tem o objetivo de atender a pedido da defesa em fase de alegações finais. Após as informações serem prestadas pelo referido órgão, o processo será concluso para análise”.