Em Pernambuco, 77 cidades já finalizaram o recadastramento biométrico e votaram nas eleições de 2016 por meio do sistema biométrico, o que corresponde a cerca de 3,5 milhões de eleitores. O TRE-PE ainda deve concluir o recadastramento em mais 38 municípios do Estado até o próximo pleito, elevando esse número para 4 milhões de pessoas que irão confirmar a sua identidade no ato do voto com a impressão digital. O tribunal recomenda que seja feito o agendamento pela internet para evitar filas, mas caso o eleitor compareça nos postos de atendimento sem agendar, poderá ser atendido presencialmente por ordem de chegada, mas a prioridade ainda é para o agendamento online.
Não há uma multa por não realizar a biometria, mas sim pela ausência do pleito. Se o eleitor deixa de fazer a biometria, tem seu título cancelado e, portanto, não poderá votar. Com isso ele termina por não comparecer na seção e, consequentemente, paga uma multa de R$ 3,50 por turno.
O local de recadastramento no Recife funciona na Central de Atendimento ao Eleitor, no Forte das Cinco Pontas, bairro de São José, área Central da cidade. Diariamente, a capacidade de atendimento é de até 600 pessoas. O procedimento demora em torno de 10 minutos para tirar a fotografia, cadastrar a impressão digital e assinatura digital do eleitor.
Apesar da confiabilidade atribuída à urna eletrônica brasileira, ainda surgem dúvidas em relação à confirmação da identidade do eleitor no ato do voto. “Com a biometria acaba isso, porque o eleitor ele terá que acionar a urna com a sua digital única e com isso a eleição fica mais fidelizada, a urna que é inviolável junto com o eleitor que é identificado biometricamente”, afirmou o assessor da corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), Orson Lemos. Outra vantagem é a fidelização do eleitorado. “Se na última eleição faltou 20% da população que não votou, quando eu faço a biometria e excluo os eleitores que não moram mais naquela cidade, o candidato vai ter uma noção real do eleitorado que está comparecendo”, conta Lemos.
Tomando a capital pernambucana como exemplo, antes da biometria, a abstenção no dia da eleição chegava a ultrapassar 20%. Após o recadastramento, passou a ser de 6%.
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